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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A eleitora Assídua


Cidona era uma negrona de meia idade, morava num sítio próximo ao da minha mana Salete, que tinha uma vendinha na beira da estrada, onde comercializava de quase tudo, principalmente uma “pinguinha” muito devorada pelos  trabalhadores, roceiros e mateiros da região.Mas, só essa gente? Não! A mulherada de lá também é chegada, andam quilômetros por causa de umas doses da “branquinha”.

Cidona  morava há 3 quilômetros dali, e 18 de estrada(Pedra lisa) até a Br116 que dar acesso a cidadezinha Juquitiba há  6 km de distância a mais, O localidade dos sítios nas margens do rio Juquiazinho pertencem ao município desta cidade.

 Quando era época de eleição ao final da tarde, no Boteco da mana, animado ao som de música sertaneja e forró. O assunto era: quem iria ganhar ou não as eleições?  Cidona com seu marido Linão, atenta a tudo,  tomando a sua pinguinha, tranquilona, sem dar palpite algum, talvez para não ser repreendida pelo marido, apenas sorria , com um sorriso tímido,expondo sua meia dúzia de dentes, naqueles beiços carnudos.

O fato é que antigamente, era fornecido meio de transportes para os eleitores da roça, pela distância do lugar de votação. Estrada ruim, cheia de subidas e descidas. Quando chove, aí é que piora a situação, pedregulhos escorregadios não faltam, carro? Roda no máximo em segunda marcha lenta, durando o percurso até a rodovia, 30 minutos ou mais. A pé, aquela gente leva mais de 3 horas,.Existe uma "pendenga", a estrada de Pedra Lisa, é estadual, a prefeitura não arruma, por outro lado, ela consta como "asfaltada" sem estar desde o governo Maluf de anos atrás. Porém como todo cidadão tem  obrigação e direito  de votar, sobre livre espontânea pressão, lá se vai aquele povo bem de madrugada dar o seu voto, não importando se o candidato é bom ou não, já que só tem acesso aos “santinhos e a fama” de "bom".

Naquele ano não seria diferente ao demais anos de eleição estadual, para governador e deputado. Dois candidatos fortes (Mário Covas e ... De novo Maluf ,( o grande teimoso da história política nacional).

É chegado o domingo dia de votação, Cidona levantou cedinho ainda nem tinha clareado o dia, mais seu marido Linão, tomou rumo à Juquitiba para cumprir seu dever cívico. Na volta, passaram direto do seu rancho e foi prosear e tomar a famosa branquinha. O marido voltou em seguida, a mulher ficou. Papo vai, papo vem, a Salete interroga a Cidona:

─ E aí Cidona, escolheu bem, votou em quem para governador?

─ Ah Salete, votei nos dois, fiquei com dó, eles são tão bonzinhos!

─Mas Cidona, então você vai a pé 24 quilômetros  para anular seu voto?
─ E é?! Eu não sabia!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

SOU PATRIOTA SIM COM MUITO ORGULHO!


 

Rendo a minha homenagem a nossa pátria amada, já esquecida dos seus símbolos.

 O brasileiro na sua maioria, é patriota só quando é ano de copa. Enfeita a casa de bandeirola e destaca a nossa bandeira lá em cima do seu apto, barraco, casa, mansão...

 Veste-se de  verde amarelo, canta o hino nacional, enche o peito de orgulho,  faz –se churrasco, estoura pipocas, mas no dia da independência, nenhum sinal de patriotismo, exceto alguns desfiles militar, alguns que vão assistir e só.

 

Não entendo, o porquê para imitar moda, tradições americanas, europea:  tipo halloween e outra coisas mais, porém imitar o patriotismo, ninguém imita.

Tive o privilégio de passa um dia 4 de julho dia da independência dos USA, e vi o qua to é lindo, as casas enfeitadas, as ruas, comércios, shoppings...Comemora-se lá, com se fosse no Brasil o último dia do ano(reveilon) com queimas de fogos de artifícios de vários pontos.

Vou deixar  bem claro aqui: não confundir patriotismo, com política e nem muito menos partidos políticos e sim um dever civil, o amor à Pátria, o verde amarelo está na alma, no coração e porque não no nosso cotidiano , ser lembrado pelo menos um dia no ano. Os brasileiros lá fora, comemoram.

...E para lembrar  um do mais lindo hino do mundo, o hino da independência do Brasil.

HINO DA INDEPENDÊNCIA
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Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

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Glossário:

- Brava: valente
- Servil: relativo a servo, subserviente
- Grilhões: corrente de metal
- Perfídia: deslealdade, traição
- Astuto: habilidoso para fazer o mal
- Ardil: artimanha, estratégia
- Ímpias: cruéis
- Falanges: tropa, legião
- Hostil: inimigo
- Garbo: elegância, porte
- Varonil: viril, esforçado

 
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