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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

(série lendas encantadas brasileiras) A Lenda do guaraná)

                Guaraná – A essência dos frutos




Aguiry era um alegre indiozinho, que alimentava-se somente de frutas. Todos os dias saía pela floresta à procura delas, trazendo-as num cesto para distribuí-Ias entre seus amigos. Certo dia, Aguiry perdeu-se na mata por afastar-se demais da aldeia. Jurupari, o demônio das trevas, vagava pela floresta. Tinha corpo de morcego, bico de coruja e também alimentava-se de frutas. Ao encontrar o índio ao lado do cesto, não hesitou em atacá-lo.

Os índios encontram-no morto ao lado do cesto vazio. Tupã, o Deus do Bem, ordenou que retirassem os olhos da criança e os plantassem sob uma grande árvore seca. Seus amigos deveriam regar o local com lágrimas, até que ali brotasse uma nova planta, da qual nasceria o fruto que conteria a essência de todos os outros, deixando mais fortes e mais felizes aqueles que dele comessem. A planta que brotou dos olhos de Aguiry possui as sementes em forma de olhos, recebendo o nome de guaraná.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

série: lendas encantadas brasileiras/ A lenda da vitória régia


Os velhos pajés das tribos da Amazônia contavam que a lua, todas as vezes

que desaparecia por detrás das serras, escolhia uma jovem índia, transformando-a

em estrela, que passava a brilhar no céu.

Um valente cacique tinha uma filha muito bonita, chamada Naiá. A jovem era

Clara como o leite e tinha os cabelos loiros como uma espiga de milho.

A moça desejava ser escolhida pela deusa jaci, a lua, para ser transformada

Numa estrela cintilante.

Mas a lua  não ouvia seus pedidos e a jovem, muito triste, ficou doente e

Começou a emagrecer.

Os pajés tudo fizeram para cura-la, mas sem resultado.

Todas as noites, Naiá saía de casa e caminhava até amanhecer o dia, na esperança

De ser vista e escolhida por Jací.

Certa noite, quando estava cansada de andar, Naiá sentando-se á beira de um

Lago sereno, viu a imagem de Jaci  refletida no espelho das águas.

Atraída pela luz da lua, a índia atirou-se no lago, desaparecendo.

Semanas inteiras, a jovem  foi procurada pela gente da tribo, mas Naiá

Não reapareceu.

Os  peixes e as plantas do lago pediram a Jaci que a moça fosse transformada

numa estrela das águas, a bela flor que abre suas pétalas à lua da lua:

É a vitória-régia.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

série: lendas encantadas brasileiras( O uirapuru)



                                A lenda do Uirapuru


           Duas índias muito amigas, viviam andando juntas para todos os lados,
desde o amanhecer até ao entardecer. Um dia as duas viram um jovem cacique, muito bonito, e ambas se apaixonaram por ele, sem dizer nada uma à outra. Apenas deram a entender que estavam apaixonadas, mas sem dizer por quem.


     O tempo foi passando até que um dia revelaram a verdade uma à outra, sendo que ambas ficaram estupefatas com o fato de amarem o mesmo homem. Decidiram que deixariam o cacique decidir, e a preterida se conformaria.

   A história do amor das duas se espalhou pela aldeia, e os mais velhos resolveram perguntar ao cacique qual das duas ele amava. O cacique, envergonhado, respondeu que gostava das duas. Como não era permitido casar-se com as duas, ficou decidido que haveria um concurso de arco e flecha entre as duas no dia seguinte. No dia seguinte, o cacique avisou que aquela que conseguisse acertar a ave indicada por ele, em pleno vôo, se tornaria sua esposa.

   Quando uma ave muito branca passou voando alto, o cacique disse: - É essa! As duas atiraram, mas somente uma acertou. A que perdeu parecia conformada, mas aborrecida. O casamento foi realizado. A índia que perdeu foi ficando cada vez mais triste. Procurou um lugar distante e começou a chorar. Chorou tanto, que suas lágrimas se transformaram num riacho. Tupã, ao perceber tanta tristeza, aproximou-se, e a moça contou-lhe tudo.

   Tupã lembrou-lhe que saber perder é uma vitória, ao que a moça lhe disse que o que mais a afligia era a saudade que sentia da amiga e do cacique, mas que não tinha coragem de vê- los, pois perceberiam sua tristeza. Perguntou a Tupã se não podia transformá-la em pássaro, pois assim poderia observá-los sem que eles soubessem. 

  Compadecido, Tupã fez-lhe a vontade, e no lugar em que a moça estava surgiu um passarinho de aparência tão simples, que não chamava a atenção. O pássaro voou até a oca do cacique, e ficou ainda mais triste ao vê-los tão felizes. Tupã compadeceu-se novamente, chamou o passarinho e lhe disse: - De agora em diante, você será o uirapuru.


 Seu canto será tão bonito que a fará esquecer a própria tristeza. Quando os outros pássaros a ouvirem, não resistirão, e ficarão em silêncio.
 E assim é, até hoje: quando o uirapuru canta, os pássaros em volta se emudecem para ouvir seu belíssimo canto.
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