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quinta-feira, 28 de junho de 2012

São João dormiu( Lenda em versos

 
 
A lenda diz que São João do carneirinho
Quando era pequenininho
No dia que ele nasceu
Tava dormindo enquanto a fogueira acesa
Clareou na redondeza
E um milagre aconteceu
Foi o divino pelas mãos da natureza
Trouxe a grandeza
Missão naquele menino
Queima fogueira que o dia amanheceu
São João Batista nasceu
Pra cumprir o seu destino

Digo que São João dormiu
Por que era pequenino
No seu sono de menino
Assim a lenda surgiu
E a fogueira que se viu
Acesa por Zacarias
Anunciava a Maria
O nascimento do Santo
Tudo que se deu no entanto
Enquanto o santo dormia.
 
Paulo Matricó

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O fantasma da Lagoinha do Leste(causo)


                                                História contada de pescador...

      Sr Manuel Marcelo, era um homem muito forte, desde que seu Zezinho se entendia de gente, sabia que ele já era um homem muito sozinho, isolado e solitário, tinha as rezas dele benzia também. Ele saia lá do Ribeirão e ia pescar sozinho na Lagoinha do Leste. Chegou um dia, lá ele tinha um rancho de palha, ao lado do rancho, uma imensa figueira  com aquele: uns chamavam” Gravataí”, outros bromélia uma orquídea parasita que dar na árvore.

    Então, ele estava pescando na praia,quando pegou o balaiozinho dele, sentiu aquelas mãos batendo em suas costas cheia de areia, daí ele ficou com cabelo em pé, não viu nada, continuou pescando, novamente aquelas mãos cheia de areia, bate em suas costas, daí ele se virou e nada, deixou os anzóis ali e foi para dentro do rancho. Quando ele viu cair  aquela chuva de areia  lá de cima do gravataí na figueira, perguntou:

  Quem está aí?  Ninguém respondeu, a chuva de areia continuou caindo em cima da casa. Como não viu mais nada, tomou seu café e voltou a pescar, lá achou um monte de maçarico em volta  do seu balaio, ele tiravam os maçaricos do balaio   e quanto mais tirava, mais aparecia. Daí ele clamou:

  ─ Meu Deus, meu Pai, se há alguma coisa ruim perto de mim, que se afaste e começou a rezar aquelas rezas dele.Voltou ao rancho como de costume para mais um gole de café, depois tornou a voltar à praia para continuar a pesca, mais outra mão cheia de areia atrás dele e o balaio cheio de maçaricos. Ele não aguentou mais e perguntou: quem está aí, o que queres de mim?

Daí ouviu aquela voz dizer:

─ Aqui sou eu, o Capão, este lugar é aqui meu, eu não quero que ninguém venha pra cá nessas horas!

 Ele era corajoso , mesmo apavorado, respondeu: 

   ─ Olha o que tenho para matar, é o que eu vou comer amanhã, se estais com Deus, deixe que ele te leve para um bom caminho, se não estais, Deus te ampare na luz!

  E o caminho dele passar, era o Costão da Armação, aí ele seguiu tão apavorado, um caminhozinho estreito até o Costão, ele ficou tão desorientado... Daquele momento, ele rezou um Pai Nosso e uma Ave Maria, ele não viu mais nada, sabe que tomou o caminho de volta, já era madrugada,  como num passe da mágica, não lembrou de mais nada, Só quando chegou aqui nesta encruzilhada, é que se lembrou,”Meus Deus estou na encruzilhada do Ribeirão, perto do riozinho vermelho!”, Ele contou esta história para muita gente.
                                                                            Dora Duarte
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