Certa vez num castelo indiano, O Rei Nomar tinha o hobbie de
encantar serpentes, inclusive, tinha duas cobras de estimação, criadas dentro de um
imenso aquário no jardim do palácio, A rainha Nadja não gostava desse hábito do
rei, nem muito menos de cobra. Vez em quando ele ia com um cesto pedia ao
criado que colocasse dentro daquele
recipiente, uma cobra, daí começava a tocar a sua flauta, e a serpente hipnotizava
com o son da fluta, sem cerimônia subia e descia como se movendo com o corpo e
a cabeça dançando , o rei se empolgava com aquele ritual, os seus olhos
brilhavam de contentamento, alegria.
Com o passar do tempo, O casal que até então ainda não tinha filhos, a rainha
engravidou...Nascera uma linda princesinha , batizada com o nome de Maia. Vivia
presa no palácio aos cuidados da sua ama, tomava sol apenas na sacada do palácio.
Depois de completar 1 ano de vida,Maia já
andava com passos firmes, a rainha autorizou a ama leva-la no jardim. Todos os
dias quando havia sol, lã estava a princesinha correndo pelo o jardim a fora.
Muito curiosa, viu o aquário com as duas cobras, ficou encantada, ria, ria, a
ama gritou, Maia saia já dai, venha ca, a menina obedecia , depois corria
novamente cheia de travessuras,
arrancava flores do jardim e dava para Ama.
De fora do palácio , uma mulher estranha observava a rotina da Ama e do rei
quando saia para hipnotizar a cobra. Era uma bruxa que morava longe, mas vinha
voando em sua vassoura. Um dia porem, ela aterrizou, atrás de uma moita de
planta,daquele jardim t”ao imenso,escondida , com um saco de estopa, conseguiu pegar
uma cobra, em seguida num descuido da ama, enquanto a princesinha colhia
flores, ela raptou a criança, deixou um escrito jogado no jardim num papel
velho e encardido que dizia assim “levo a sua serpente e sua filha, devolverei
se me pagar com 10 barras de ouro,deixe lã
na beira da estrada, um km de distancia
daqui ,debaixo da primeira arvore,amanha cedo que devolverei em seguida as suas
preciosidades , do contrario matarei a sua princesinha, assinado Bruxa”. Para
Maia na sua inocência foi pura diversão voar
naquela vassoura mágica, no colo da bruxa..
Todo o palácio se transformou num caos, chorava a rainha
Nadja, chorava o rei Nomar, este botou todos os empregados para dar conta de
Maia,inclusive a ama, que afirmou saber aonde a bruxa morava. O Rei convocou o
melhor cavaleiro que o acompanhasse, ele fazia questão de ir junto e levou também
a sua flauta, não levar o que ela pediu, mas naquele mesmo dia localizar a casa
da maldita. Saíram em disparada galopando. De longe avistaram a dita casa...
Era uma tenda toda remendada e suja, tudo indicava que ela
tinha saído, porque não havia sinal de fumaça
do fogão dela que era do lado de fora.
O rei foi o primeiro apear, olhou pelo um buraco, a filha
estava dormindo em cima de um tapete velho e a cobra ao lado, como se a bruxa
tivesse deixado ela para tomar conta de Maia. O Rei cauteloso, entrou e pediu
para o empregado ficar tomando conta da entrada, caso a bruxa voltasse.O Rei começou
a tocar a sua flauta, a cobra rebolando , mais que depressa ele colocou-a
dentro do saco que estava ao lado dela e em seguida pegou a sua princesinha,
deu o saco para o empregado levar e levou
em seus braços a Maia. No palácio foi indescritível
a alegria da chegada da princesinha Maia, todos gritavam Vivas. A bruxa,
raivosa quando voltou e não viu os seus reféns, mesmo assim, ate hoje espera as barras de ouro.
Dora Duarte
Dora Duarte