Certa vez como de costume na sexta-feira santa, fui a igreja do meu bairro assistir a celebração da paixão e morte de Jesus Cristo. Sempre saía de lá condoída com o sofrimento dele, mesmo sabendo que todo o ano se comemorava a morte de Jesus, quando se narrava o evangelho então, as lágrimas brotavam de emoção. Depois eu fazia adoração da Cruz.
Naquela sexta-feira santa, daquele ano, porém foi bem diferente. Ensaiaram algumas pessoas da comunidade para fazer a encenação da paixão...Todos pronto com seus vestuários adequados,tudo muito simples: os soldados romanos com suas armaduras,capacetes,cinturão tudo dourado as roupas em vermelho, chicotes... Pilatos também bem trajado, as Marias com seus mantos: azul, branco e roxo, o José de Arimatéia que iria pedir o corpo de Jesus para sepultá-lo e o personagem principal o mais importante da peça, Jesus..
O pátio da igreja lotado, gente por todos os lados inclusive eu, prestando atenção a tudo em minha volta. Juro que eu não queria e nem estava ali com segundas intenções, até porque não cabia ali deboche, crítica, ou mesmo riso, nada havia de engraçado, muito pelo contrário.... Mas, eu não sei direito se foi obra do inimigo, só pode ter sido, tenho quase certeza, quando começou a representação, quando Pilatos interroga Jesus, pede a ele para responder se “ele é o filho de Deus, se ele é Rei”, Jesus responde que o “Reino dele não é o da Terra” O Pilatos pergunta ao povo se “solta o prisioneiro Barrabás ou Jesus?” O povo grita “Não, solte Barrabás , crucifique, mate Jesus!!!”, O Pilatos lava as mãos entregando Jesus aos soldados ,
Foi aí que começou o massacre: os “soldados” levaram a sério demais, chicoteando “Jesus”sem dó nem piedade, com toda força e crueldade, senti pena do “ator”, quando escutei ele o “Jesus” falar revoltado quase susurrando: para o povo não ouvir, mas eu como estava muito próximo do pobre coitado que apanhava, escutei “bate mais devagar seus filhos da p...!!!” Segurei o riso, não era momento para aquilo, dava impressão que os soldados estavam descontando alguma mágoa com o que apanhava, pois batia de verdade. Enfim Chegou o momento crucial dele ser despido e pregado na cruz.
Foi a vez das Marias chorar...Foi aquele chororô, mas parecia risos do que choros por baixo do manto de cada uma delas. ...
De repente, na hora de pregar Jesus na cruz, ou seja, amarrá-lo e o colocar no suporte, suspender, calçar a cruz, houve um fato curioso: quando tudo parecia seguro, a cruz começa a despencar do lugar, arriando um braço dele., os pregos do suporte dos pés afrouxaram, todo o povo em côro “OH!!!”As Marias que eram para continuar chorando e muito, pararam, esqueceram de chorar, com bocas abertas e olhos arregalados na cena. .O produtor que os tinham ensaiado cutucou com seu dedo fura bolo uma por uma dizendo: “chora, chora, chora”! Daí todas choraram exageradamente.
Na verdade, nessa encenação quem mais sofreram foi Ele o verdadeiro Jesus e o falso, o ator.. Deixei o riso para depois. Não era nem para achar graça, mas o “o anjinho do mau”não quis deixar por menos.
Dora Duarte
Eu não me conteria.Teria me acabado de rir ali mesmo,srrs Cada uma!!!beijos,chica
ResponderExcluirBom dia DORA !!!
ResponderExcluirMinha filhas estudaram em colégio de feiras ...todo ano tinha, é uma encenação que se ver varias vezes ,mesmo assim emociona.
Agora essa dai foi demais !! ah!
Um lindo dia !! Beijos MIL !!
KKK...Ai,Dora!Que caso mais engraçado!Ficou demais!Eu rolei de rir aqui!Bjs e boa semana!
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