História contada de pescador...
Sr Manuel Marcelo, era um homem muito forte, desde que seu Zezinho se
entendia de gente, sabia que ele já era um homem muito sozinho, isolado e
solitário, tinha as rezas dele benzia também. Ele saia lá do Ribeirão e ia
pescar sozinho na Lagoinha do Leste. Chegou um dia, lá ele tinha um rancho de
palha, ao lado do rancho, uma imensa figueira
com aquele: uns chamavam” Gravataí”,
outros bromélia uma orquídea
parasita que dar na árvore.
Então, ele estava pescando na praia,quando pegou o balaiozinho dele,
sentiu aquelas mãos batendo em suas costas cheia de areia, daí ele ficou com
cabelo em pé, não viu nada, continuou pescando, novamente aquelas mãos cheia de
areia, bate em suas costas, daí ele se virou e nada, deixou os anzóis ali e foi
para dentro do rancho. Quando ele viu cair
aquela chuva de areia lá de cima
do gravataí na figueira, perguntou:
─
Quem está aí? Ninguém respondeu,
a chuva de areia continuou caindo em cima da casa. Como não viu mais nada,
tomou seu café e voltou a pescar, lá achou um monte de maçarico em volta do seu
balaio, ele tiravam os maçaricos do
balaio e quanto mais tirava, mais
aparecia. Daí ele clamou:
─ Meu Deus, meu Pai, se há alguma coisa ruim perto de mim, que se afaste
e começou a rezar aquelas rezas dele.Voltou ao rancho como de costume para mais
um gole de café, depois tornou a voltar à praia para continuar a pesca, mais
outra mão cheia de areia atrás dele e o balaio cheio de maçaricos. Ele não
aguentou mais e perguntou: quem está aí, o que queres de mim?
Daí ouviu aquela voz dizer:
─ Aqui sou eu, o Capão, este lugar é aqui meu, eu não quero que ninguém
venha pra cá nessas horas!
Ele era corajoso , mesmo apavorado,
respondeu:
─ Olha o que tenho para matar, é
o que eu vou comer amanhã, se estais com Deus, deixe que ele te leve para um
bom caminho, se não estais, Deus te ampare na luz!
E o caminho dele passar, era o Costão da Armação, aí ele seguiu tão
apavorado, um caminhozinho estreito até o Costão, ele ficou tão desorientado...
Daquele momento, ele rezou um Pai Nosso e uma Ave Maria, ele não viu mais nada,
sabe que tomou o caminho de volta, já era madrugada, como num passe da mágica, não lembrou de mais
nada, Só quando chegou aqui nesta encruzilhada, é que se lembrou,”Meus Deus
estou na encruzilhada do Ribeirão, perto do riozinho vermelho!”, Ele contou
esta história para muita gente.
Dora Duarte
Dora,história de arrepiar mesmo!...kkk...adorei esse causo bem contado!bjs e meu carinho,
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