Todo mundo vai ao centro diariamente: Estudantes,
trabalhadores, donas de casa, crianças e por ai vai. Uns vão de carros, motos,
mas a grande massa popular, usa mesmo, o
ônibus. Sem carro como estou no
momento, por um lado é ruim, tudo longe, o ponto então...Haja pernas para dar
conta de chegar até lá. Por outro lado andar de ônibus têm suas vantagens, me
fascina, observo coisas que não interessam a maioria das pessoas. Faço questão
de ficar do lado da janela e alterno toda vez que vou à cidade, lá é que sempre
vejo curiosidades.
Um dia
desses saí, o tempo estava meio
duvidoso, ameaçava sair o sol, ao mesmo tempo chuviscava e estava frio.Na
estrada de areia clara, que costumo fazer o meu trajeto diário,deparo com uns
“quero-quero” tentando avançar em mim, na hora não entendi o por quê daquela
agressão tão rápida, nem ao menos deu tempo de me defender,. Em seguida
encontrei um casal e comentei sobre o acontecido, o qual me alertou. Era por
causa de um ninho deles que estava cheio de filhotes...Então era isso! Segui em
frente. Olhei como de costume a paisagem, os quintais floridos, dei de cara com
um belo cavalo, morava mesmo no quintal, e ele comendo grama, percebi que ela
estava toda aparadinha, parecia que tinha sido passado um cortador, pensei: este cavalo é um cortador natural de
grama!, Nada desperdiçava... Bom e a viagem rumo ao centro continua.
No ônibus,
observo as árvores centenárias de um bairro antigo. Parecem monstros gigantes
cheios de tentáculos, casarões antigos com quintais tão diferentes, bem fora de
moda, porém, bonitos. A sensação é que naquele exato momento, tudo parou no
tempo.
Quando
chego ao centro fico pensando na utilidade da calçada. Serve para tudo:
pedestre, pedinte, camelôs, serve para tropeçar, até mesmo mendigo dormir. E
por incrível que pareça... Os índios guaranis sobreviverem, cantando e
dançando, e os transeuntes jogando moedas na sua cesta de palha, eu me
pergunto: A que ponto meu Deus eles chegaram? Eles perderam o seu espaço, são a
minoria, mesmo assim precisa passar por isso.
Sigo
adiante, vejo mais outra índia, vendendo artesanato indígena, com os seus curumins sujinhos em
volta, e um recém-nascido no colo.
Confesso nunca tinha visto assim tão bebê, cheguei a bajular, com graça e
cuidado, pergunto o nome, surpreendo, o nome dele, nada a ver com os nomes
originais “David” perderam a sua identidade como legítimos brasileirinhos. bem
como os demais, tudo nome estrangeiros.
Fico por
aqui... Vem em quando tem mais...
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