
Festança das boas como toda festa do interior. Meu avô matou, cabrito, porco e varias galinhas, para alimentar todos os convidados daquele povoado.
Para nos irmãs, com a mamãe era costureira, ela mesma fez os
vestidos de modelos diferentes, porém, do mesmo tecido, da mesma cor. Era um tecido acetinado que
tinha um cheiro horrível, muito forte, cheirava a ferida descascada. As minhas
irmãs e eu protestavam, reclamavam do cheiro, recusando usar o dito cujo,
principalmente era eu a pior do bando que resmungava mais.
Mamãe disse que comprara pois era o mais barato em
promoção e era o que dava para vestir nós todas, para irmos de roupa nova ao casamento da tia. Combinou que quando a gente vestisse o tal vestido, colocaria o
perfume na roupa para disfarçar a catinga de ferida, assim fez.Era um perfume
de aroma muito forte de uma grande empresa de cosmético conhecida,que tinha o
nome de Toque de Amor"..
Assim, fomos ao casório, com aqueles vestidos verde
cintilante, parecíamos umas vaga-lumes em cima do pau-de- arara , numa carroceria do caminhão do
meu tio, irmão da noiva,rumo á capela, com aquela essência forte, essência
essa que chamava atenção de todos convidados.
Após o casório veio o retratista com àquela parafernália toda escura, mandando os noivos primeiro para debaixo da figueira tirar o retrato de recordação, chamava-se "chapa". Logo depois, os convidados em fila atrás uns dos outros para outra chapa, a meninada na frente.
Após o casório veio o retratista com àquela parafernália toda escura, mandando os noivos primeiro para debaixo da figueira tirar o retrato de recordação, chamava-se "chapa". Logo depois, os convidados em fila atrás uns dos outros para outra chapa, a meninada na frente.
...E a tia Fia finalmente saiu do caritó.
Dora Duarte
"parecíamos umas vaga-lumes em cima do pau-de- arara" amei a expressão. Adorei a história. Bjs
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