Desde que eu me entendo de gente que ouço vários boatos
sobre o fim do mundo. São profetas aplicando profecias, são cientistas, Ou
algumas seitas religiosas que com seu poder de persuasão, induz os seus seguidores
acreditar nesta sandice do fim do mundo.
Confesso que, quando era mais nova até me assombrava com
tais boatos, assumida mesmo do medo de morrer,porque eu via pela frente um monte de gente medrosa,
preocupada com a perca da alma, se arrependia dos pecados, porém um
dia após o marcado e esperado fim do mundo, estava ele ali presente quietinho
do jeito que era um dia antes e o povo aliviado. Depois voltava atrás dos
arrependimentos.
O tempo passou o mundo
evoluiu, até os medos também, mas um medo diferente, a s preocupações eram em fazer esconderijos , casas
subterrâneas, estocar alimentos, para alívio ou frustração desses seres
humanos...Nada de um mundo acabar.
Leia estes trechos dos cronistas feras brasileiros:
“...Mas acaba em setembro próximo! Como se não bastasse as
agruras inerentes à lide ingrata das letras que acossam desde a infância, ainda
tenho de passar por esta: escrever com a sensação meio besta de que nem eu vou ver estas linhas impressas,
já que o mundo vai acabar...
...Já grandinho, tirando fino em inúmeros fins do mundo, morei nos Estados
Unidos e, na universidade fiz um amigo chamado Mike, que era muito chegado a um
fim do mundo e chegou a participar de
algumas vigílias pré-apocalípticas que
não deram certo, mas ele nunca desanimou e é bem capaz de hoje morar em
Manhattan e sair pela Times Square carregando um cartaz anunciando que o fim do
mundo está próximo.”
João Ubaldo Ribeiro para o
Jornal do Estado de São Paulo, setembro de 1999.
“O mundo
acabou e nem me dei conta”
“Levei uma
cadeira confortável para o terraço, naco de queijo branco curado, brusquetas e
uma garrafa de suave proseco, presente de Miguel Juliano pelo meu aniversário,
sentei-me à espera do fim do mundo. Estava barbeado, com minha melhor roupa, um
sapato confortável e levei alguns livros favoritos. Preparei=me para um pequeno
cerimonial, afinal eu iria contemplar o fim do mundo, julguei necessário
assistir a ele de forma digna. Nesta sociedade regida por manuais, não
publicaram um orientando sobre como agir diante do fim do mundo...
... O pequeno ritual terminou e o mundo não. Um
fracasso como espetáculo. Qual o prazo estabelecido? Nenhuma informação
completa... Agora, me respondam, tudo mudou e não me dei conta?
Ignácio de Layola
Brandão (Jornal o Estado de São Paulo,15 agosto de 1999)
Diante
destes comentários dos cronistas, me vi também envolvida nesse fim de ano, no
dia 22 de dezembro, segundo o calendário Maia, o mundo acabaria, criou-se uma expectativa
no mundo... Teve até seita vendendo um pedacinho de paraíso, comerciais de TV anunciando
liquidações de lojas, para endividar
mais ainda os endividados, que achando se o mundo acabasse não precisaria
pagar, mas , talvez não desse tempo de desfrutar o que comprou, não é mesmo?!
Enfim está
ele aí, mas velho do que nunca esperando mais um que venha tentar acabá-lo.
Pela lógica, acaba sim quando quem o
criou resolver dar um fim nele, ou quem sabe quando a humanidade destruir apagar a natureza, extinguindo os bens
sustentáveis da face da Terra.
Dora Duarte
Dora,já tinha lido e deixado meu comentario aqui mas acho que não entrou!Um texto reflexivo e divertido tb,gostei!Seus blogs estão lindos!bjs e boa semana!
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